Terezinha Saraiva, O Globo
Há inúmeros fatores que contribuem para o bom desempenho dos alunos e das escolas que participam de avaliações. Entre eles: professores com boa formação, que dominem plenamente o conteúdo da disciplina ou disciplinas que lecionam, que tenham uma boa prática docente para saber ensinar, motivando seus alunos e mantendo-lhes o interesse permanente.
Alunos motivados não faltam, não se evadem.
Outro fator que tem influência: escolas que ofereçam boas condições para ensino e aprendizagem.
Turmas com, no máximo, 35 alunos para os anos escolares finais do ensino fundamental. Turmas menores para os anos iniciais.
Biblioteca, laboratórios, quadras esportivas, sala de leitura, materiais pedagógicos variados. Utilização de novas tecnologias para enriquecer a prática docente.
É preciso que os professores tornem suas aulas tão atraentes e coloridas como é o mundo. Chega de escola funcionando em preto e branco, sem qualquer atrativo. A escola tem que ser o local atraente e prazeroso para professores e alunos e para as famílias dos alunos.
É indispensável que os professores conheçam seus alunos. Como vivem, suas possibilidades e limitações.
Não basta conhecer a turma como um todo. Tem que conhecer cada aluno. Não só o nome, mas sua vida.
No momento em que o professor conhece os alunos, encontra o melhor caminho para despertar seu interesse, afastar seus bloqueios e fazê-los aprender.
Motivado, estimulado, bem ensinado, ocorre a aprendizagem.
Evidente que um aluno que vive estimulado pelo ambiente cultural da sua casa, bem alimentado, amado, com uma família que acompanha seus estudos tem mais probabilidade de um bom desempenho escolar.
Entretanto, um aluno que não tenha essas condições, se amado e estimulado pelo professor, conseguirá obter um bom desempenho.
Terezinha Saraiva é educadora e ex-secretária municipal de Educação do Rio de Janeiro
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