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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Revista faz chamada para submissão de artigo

O INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) está organizando um número da Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos (Rbep) sobre o tema das ações afirmativas e das cotas na educação superior que será publicado em dezembro de 2011. O artigo passará por um processo de avaliação cega por pares e depois pelo parecer final da editoria científica da Revista.
Os interessados em contribuir com a discussão sobre esse tema deverão encaminhar artigos para avaliação até o dia 20 de abril de 2011 por meio do Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (Seer), cujas instruções se encontram disponíveis no endereço <www.rbep.inep.gov.br>.
Para esclarecimento de dúvidas sobre o envio de artigos, enviar e-mail para editoria.rbep@inep.gov.br.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Crianças que aprendem música cedo são melhores em matemática

As crianças que aprendem música muito cedo têm maiores probabilidades de se tornarem bons alunos de matemática, afirma a presidente da Sociedade Portuguesa de Neurociências, comparando o cérebro a um músculo que deve ser exercitado.
Como "a música é algo muito importante para o cérebro", foi escolhida como tema para as comemorações da 10ª edição da Semana Internacional do Cérebro em Portugal.
Ana Maria Sebastião, presidente da Sociedade Portuguesa de Neurociências, que organiza a iniciativa em colaboração com a Ciência Viva, explica a relação entre a música e o cérebro. "A música é uma atividade que envolve várias áreas cerebrais ao mesmo tempo, trata-se de uma linguagem codificada universal que envolve também emoção, prazer e afetos".
Trata-se, por isso, de uma atividade integradora, continuou a neurocientista --que trabalha no Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina de Lisboa-- que pode servir de "treino muito precoce" do cérebro.
"A aprendizagem num nível precoce da música facilita, por isso, a aprendizagem de várias matérias, como a matemática", explicou, comparando o cérebro a um músculo que, se não for exercitado, atrofia.
A relação está estabelecida e constatada, e aponta no sentido de uma "facilitação e melhor aprendizagem" desta disciplina, muitas vezes problemática para os alunos.
"A audição da música e a sua execução [tocar um instrumento] envolve muitas áreas cerebrais, e o cérebro quanto mais for executado, mais capaz é de aprender coisas", disse.
Por isso, ela defende um maior investimento no ensino precoce de atividades que sirvam para estimular precocemente o cérebro.
"Países onde o ensino da música é bastante cuidado são países com grau de desenvolvimento socioeconômico e de escolaridade bastante elevados", justificou.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Matemática explica união entre células para formar tumores

MARÍLIA JUSTE, DO G1, EM SÃO PAULO

Com ajuda da Teoria dos Jogos, pesquisadores descobriram como células colaboram entre si para vencer defesas do organismo.
Quem nunca ouviu de um professor de matemática na escola que os números traziam explicações para tudo? Pois um grupo de cientistas dos Estados Unidos acaba de dar mais munição para os mestres que lutam para atrair a atenção dos alunos para a importância de sua disciplina. Por meio de uma teoria matemática, eles explicaram um comportamento de células que causam o câncer e podem, ainda, ter descoberto um caminho para um novo tratamento contra a doença.
Segundo as teorias atuais, um câncer se forma a partir da divisão de uma única célula, que sofre mutação após ser estimulada por “evento cancerígeno” – a exposição solar, o fumo ou um vírus, por exemplo.
Sozinha, essa célula inicial não tem como formar uma população de células malignas – um tumor. Mas, ela continua se multiplicando até que erros no seu DNA façam surgir outras células, “células-filhas” ou “subclones”, geneticamente diferentes entre si. Com DNA diferente, as “células-filhas” se desenvolvem separadamente umas das outras.
Ao observar o comportamento dessas células cancerígenas, o pesquisador Robert Axelford, da Universidade de Michigan, um entusiasta da Teoria dos Jogos – teoria matemática que estuda a cooperação entre “jogadores” para melhorar seus ganhos -, enxergou uma espécie de “colaboração” entre elas.
--Quando vi uma simulação em computador do crescimento de células cancerígenas, observei interações entre as células --, disse ele.
Segundo Axelrod e sua equipe, as células cancerígenas podem ser capazes de dividir entre si os benefícios conseguidos com suas mutações individuais para, juntas, formarem tumores.
Já que com apenas uma mutação morreriam, elas se unem. Uma célula capaz de estimular a formação de novos vasos beneficia todas as suas vizinhas. Uma das vizinhas, que seja capaz de se multiplicar indefinidamente, faz o mesmo. Unidas, ficam mais fortes e aceleram o processo de formação de tumores.
Axelrod afirma que sua pesquisa não invalida as teorias anteriores, mas acrescenta uma nova perspectiva para o tratamento do câncer. Se for possível impedir essa união que apóia as células antes de elas se tornarem tumores, os médicos podem ganhar uma nova forma de tratar a doença.