A aplicação da matemática na sala de aula aconteceu somente depois da Revolução Industrial (final do século XVIII), pois com ela a administração e os sistemas bancários e de produção estavam exigindo mais das pessoas. Mas será que essa matemática ensinada nas escolas da época era adequada para a idade dos alunos?
O estudo da matemática nessa época era baseado no raciocínio dedutivo do grego Euclides (séc. III a.C.) que, com certeza, utilizava linguagens inadequadas para iniciar a disciplina na educação básica.
Com o tempo, após as Guerras Mundiais, mais crianças passaram a ter acesso à escola e a educação matemática continuava seguindo os métodos tradicionais de ensino, assim não poderia ter como resultado outra coisa a não ser um grande número de reprovação e aversão à disciplina, pois o ensino da matemática tradicional não era aplicado à realidade do aluno.
No século XX as aulas tradicionais persistiram e com ela os problemas. Após a década de 30 e com a Guerra Fria os avanços tecnológicos fizeram com que os nortes-americanos interessassem na formação de novos cientistas nas escolas, para isso formularam um novo currículo para a matemática, que foi nomeada como Matemática Moderna e que não foi seguida adiante por falta de didática, não era viável o seu estudo para os alunos do ensino fundamental.
Os transtornos causados pelo ensino tradicional da matemática atingiram tal proporção que foi necessário que estudiosos da área iniciassem um estudo, na década de 70, sobre Educação Matemática que atingiu os matemáticos do mundo inteiro. Estudaram soluções e técnicas de como aplicar métodos diferenciados de avaliação, fazendo relação com a vida do aluno, relacionando a matemática com a psicopedagogia.
Esse movimento atingiu o Brasil com o surgimento, em 1997, do Parâmetro Curricular Nacional (PCN). Os participantes do movimento da Educação Matemática acreditam que esse documento contém informações necessárias para um excelente ensino da matemática, contudo, alguns matemáticos não concordam com tal afirmação.
Podemos concluir que o problema do mau aprendizado da matemática não é só uma responsabilidade dos profissionais e alunos de hoje e sim um problema histórico, pois começou errado e a resistência dos novos professores e alunos à mudança é muito grande.